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A HERE360 conversou com Gino Ferru, Vice-Presidente Sênior e Gerente Geral da HERE para a Europa, Oriente Médio e África, para descobrir os avanços inovadores — desde inteligência artificial até tecnologia de localização — que estão remodelando como rastreamos, movemos e gerenciamos bens.  Ainda que a entrevista fale de uma perspectiva estrangeira, as tendências abordadas se aplicam também ao contexto brasileiro. Inclusive, a Near, distribuidora oficial da HERE Technologies no Brasil, tem trabalhado com diversas empresas para implementar soluções de rastreamento de ativos em diferentes setores.  Boa leitura!

Era da conexão

“Cada dispositivo IoT gera dados quase a cada segundo”, disse Gino Ferru ao HERE360. “Essa explosão de telemetria exige que não apenas organizemos os dados gerados por esses dispositivos, mas também otimizemos sua eficiência para que as cadeias de suprimentos melhorem.” 

Com até 90 bilhões de dispositivos IoT (Internet das Coisas) conectados em 2024, a indústria de rastreamento de ativos está à beira de uma grande transformação. É por isso que, a inteligência de localização é a chave para desbloquear essa enxurrada de dados, ajudando as empresas a identificarem ativos, prever movimentos e criar uma cadeia de suprimentos que funcione sem problemas. 

Sendo assim, seja rastreando remessas, veículos ou equipamentos de alto valor, a inteligência de localização está impulsionando um mundo mais inteligente e conectado. 

Sexto sentido 

Sensores e dispositivos IoT percorreram um longo caminho e não se trata mais apenas de saber onde um ativo está. Os rastreadores de hoje são como canivetes suíços — eles podem sentir tudo, desde temperatura e vibrações até movimento e até mesmo choques repentinos. 

Ferru apontou alguns casos de uso recentes, como o uso de rastreamento em tempo real em ônibus escolares. A prática busca garantir que os motoristas estacionem em áreas designadas, reduzindo o risco de crianças atravessarem ruas movimentadas. Ou ainda, ao mover equipamentos industriais de alto valor. Um exemplo disso é a empresa saudita iot squared, que usa rastreadores para monitorar peças de reposição para máquinas críticas. Assim, garante que as peças cheguem a tempo e que a manutenção seja realizada precisamente quando necessário para evitar tempo de inatividade dispendioso. 

 “Não se trata mais apenas de localização”, explicou Ferru. “Os rastreadores estão evoluindo para entender seu ambiente, desbloqueando enormes oportunidades — não apenas em logística, mas também em áreas como seguros, segurança e manutenção preditiva.” 

 

Dores do crescimento 

Apesar da inovação, os obstáculos à adoção permanecem. As empresas lutam com a “infraestrutura de espaguete” dos sistemas atuais, como Ferru descreveu — onde os sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP), dispositivos IoT e plataformas de inteligência artificial (IA) frequentemente não se integram perfeitamente. Dessa forma, preparar dados em formatos padronizados e alocar recursos para lançar iniciativas de rastreamento de ativos bem-sucedidas pode ser assustador. 

“Ainda há muito trabalho de integração a ser feito”, admitiu Ferru. “Mas, à medida que os padrões melhoram e os custos diminuem, estamos nos aproximando de um ponto de inflexão para a adoção generalizada.” 

  

IA a bordo 

A inteligência artificial, especialmente a IA generativa e a IA de borda, está revolucionando o rastreamento de ativos. Nesse sentido, ao processar vastas quantidades de dados de telemetria em tempo quase real, a IA pode prever interrupções, otimizar cadeias de suprimentos e oferecer insights acionáveis. 

“Com computação em nuvem elástica e modelos orientados por IA, podemos analisar terabytes de dados de rastreamento para prever anomalias e otimizar todas as partes móveis do ecossistema”, compartilhou Ferru. É assim que o rastreamento de ativos vai além do monitoramento e se torna uma ferramenta preditiva para indústrias como logística, saúde e varejo. 

 

Sustentabilidade em primeiro lugar 

A sustentabilidade tornou-se uma prioridade máxima para as empresas, e o rastreamento de ativos está desempenhando um papel fundamental para que isso aconteça. Ao reduzir viagens desnecessárias, diminuir emissões e melhorar a eficiência, as empresas podem economizar dinheiro enquanto fazem um progresso real em direção a seus objetivos ambientais e sociais. 

A tecnologia de rastreamento também está ajudando as empresas a cumprirem regulamentações rigorosas, como as zonas restritas em Londres, projetadas para reduzir a poluição do ar. Com a ajuda do rastreamento de ativos, os veículos podem ser monitorados para garantir que permaneçam fora dessas áreas. Como resultado, evitam pesadas penalidades e, ao mesmo tempo, aderem aos padrões de sustentabilidade.    

Por sua sua vez, Ferru explica “Cada vez que evitamos enviar um caminhão em uma rota desnecessária ou eliminamos um atraso, estamos ajudando a reduzir a pegada de carbono”.

  

Notícias de transporte 

Entre os destaques do setor de transportes, um caso de uso notável no rastreamento de ativos é com a gigante global de transporte marítimo Hapag-Lloyd. Equipada com o HERE Tracking, mais de 1 milhão de seus contêineres agora estão habilitados para IoT, enviando atualizações de localização precisas a cada 15 minutos. 

“Isso significa que, à medida que as mercadorias se movem pela cadeia de suprimentos por meio de navios, trens e caminhões, a logística pode se adaptar em tempo real”, explicou Gino. “Toda a cadeia de suprimentos se torna mais inteligente — prevendo atrasos, redirecionando recursos e reduzindo ineficiências.” De tal modo, essa inovação transformou as operações da Hapag-Lloyd, estabelecendo o rastreamento preditivo de ETA como um avanço fundamental. 

 

Previsão de localização 

Olhando além de 2025, o rastreamento de ativos está prestes a se integrar mais profundamente em ecossistemas inteligentes. Avanços na conectividade via satélite, padronização de formatos de dados de rastreamento e a expansão da IA permitirão operações de cadeia de suprimentos hiper automatizadas e completas. 

“Estamos apenas no começo de algo enorme”, disse Gino otimistamente. “Com o tempo, o aprendizado de máquina ficará ainda melhor na manutenção preditiva, otimização de rotas e detecção de anomalias, criando uma cadeia de suprimentos hiperinteligente.”  Ou seja, as empresas que adotarem essas ferramentas desfrutarão de vantagens operacionais incomparáveis em um mundo cada vez mais moldado por dados e conectividade. 

  

A caminho de um mundo mais inteligente 

O mundo do rastreamento de ativos está se transformando na velocidade da luz, impulsionado por uma mistura de IoT, IA e sustentabilidade. Com bilhões de dispositivos de rastreamento reimaginando como as indústrias interagem com seus ativos, o futuro está repleto de oportunidades. Em outras palavras, a inteligência de localização liderará o caminho.   

Gino resumiu da melhor forma: “Trata-se de tornar o mundo um lugar melhor. Cada dado, cada rota otimizada, cada atraso reduzido — essas não são apenas melhorias técnicas; são passos em direção a um planeta mais inteligente e sustentável.”

Quer saber mais sobre tecnologia de localização? Entre em contato com a Near, distribuidora oficial da HERE no Brasil.  

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